“Em Pedrógão Grande, no sábado, estavam reunidas todas as condições para isso e o incêndio aconteceu mesmo, propagando-se depois rapidamente, favorecido não só pelos ventos que se formam durante o processo da trovoada mas também pelas grandes diferenças de temperaturas geradas pelo próprio fogo. Tudo isso foi depois potenciado pelo calor, pelo ar seco e pela secura da própria vegetação.
“Toda a região da Península Ibérica está muito seca. Choveu pouco no inverno e a primavera também foi muito seca”, refere Filipe Duarte Santos.
A isso vieram juntar-se as condições meteorológicas dos últimos dias, com temperaturas máximas muito elevadas em todo o território continental, entre os 35 e os 40 graus, com mínimas acima dos 20 a 22 graus, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que prevê a continuação do tempo quente nas regiões do interior, com vento a soprar do quadrante sul e leste, pelo menos até amanhã ou até quarta-feira.
Independentemente dos meios utilizados no combate ao incêndio, que foram sempre sendo reforçados, nestas circunstâncias esta é sempre uma batalha desfavorável aos bombeiros enquanto as condições meteorológicas se mantêm. Além disso, o tipo de floresta existente na região, o seu estado de manutenção e a topografia do terreno, com grandes diferenças de relevo, através do qual ela distribui como uma massa densa e compacta, também não ajudam nada”.
[Diário de Notícias, por Filomena Naves / 18 de xuño de 2017]
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